7 outubro 2022 2:03
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Choveram críticas quando a ministra da transição energética espanhola, Teresa Ribera, respondendo ao apelo alemão à solidariedade com o plano da Comissão Europeia para a redução do uso de gás, respondeu que, “ao contrário de outros, nós espanhóis não vivemos acima das nossas possibilidades energéticas”. A farpa de Ribera foi recebida com indignação nos sectores calvinistas do costume, que ainda hoje olham os resgates como corolários unilaterais da solidariedade europeia. Esses sectores encaram as crónicas dificuldades orçamentais dos países do sul como consequência das irresponsabilidades dos seus Governos e povos (que gastam tudo em mulheres e vinho, como acusou Dijsselbloem em tempos), enquanto idolatram os frugais pela sua persistente sanidade orçamental e robustez das contas certas, como se as mesmas se devessem a factos da natureza e não à arquitetura patológica da união monetária.