7 outubro 2022 2:08
A pandemia acabou, a Covid foi derrotada e seria altura de virmos para a rua abraçar-nos e beijar-nos. Mas estamos em guerra...
7 outubro 2022 2:08
No dia em que Sua Excelência o ministro da Saúde, com os seus elevados conhecimentos, cogitações e estudos, decidiu que a pandemia tinha acabado, pensei ser altura de darmos largas à alegria, soltarmos a franga e fazer uma parada trans/gay/hetero para manifestarmos o nosso júbilo. Algo que nos devolvesse os anos em que andámos afastados, a curvar-nos uns perante os outros, qual coreanos, com a máscara a cobrir-nos as feições. Os tempos de chumbo foram declarados encerrados e, doravante, como diz o hino do PCP, “o Sol brilhará para todos nós”.
Partilhei esta minha ideia da parada com alguns amigos de várias tendências, mas todos eles se manifestaram contra. O discurso de Putin, a que eu, miserável e descuidadamente, não prestara atenção, tinha-nos prevenido para essa hipótese. No Ocidente — disse ele claramente referindo-se a Portugal — são uns depravados que só pensam em festas e orgias. Não falou do vodka e de outras bebidas alcoólicas que se consomem nessas orgias, apenas porque isso poderia prejudicar as exportações da Federação Russa, que ele ama acima de qualquer outra coisa. Mas no seu diagnóstico não faltou o essencial:
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.