A extrema-direita já é o normal no mapa da direita. É assim no mundo e na Europa, não vale a pena fingir que não se passa nada ou que é um delírio passageiro. O tempo não volta para trás
Vai por aí uma conversa curiosa sobre a “normalização” da extrema-direita. Terçam-se armas, e exaltadas que elas são, sobre a conveniência ou não de um vicepresidente camisa-azul na Assembleia, sobre diálogos vários e mesmo sobre futuros ministérios. Parece até que este factóide se tornou o diferenciador de posições entre analistas, em particular os que suspiram por um governo das direitas, ou até no absolvedor daquelas cândidas consciências que reclamam uma pureza política por se oporem ao “extremo”, a “todos os extremos” claro está, mesmo que nas lonjuras açoreanas (e virá em breve a vez da Madeira) o monstro não lhes seja tão incomodativo. Ora, a extrema-direita não precisa, nem cuida, de ser “normalizada”, bem se ri dessa conversa, ela já é o normal na direita e sabe-o.
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