Sobre o aeroporto, Costa queria dizer uma coisa: que Pedro Nuno Santos não participa na decisão. Costa está obcecado com quem, em 2018, o obrigou a avisar que não tinha metido os papéis para a reforma. O ministro ganhou um inimigo para a vida. E, se ainda deseja a liderança do PS, este bullying deixa-o perante um dilema. Se sai do Governo, afasta-se do poder; se fica, Costa mata a sua imagem
Das questões substanciais da entrevista que António Costa deu, na segunda-feira, à CNN, e da forma como honra a palavra que dá, tratarei no texto de amanhã, no semanário. Agora fico-me pela novela do aeroporto de Lisboa, que está em cena há meio século. Ficámos a saber que o primeiro-ministro se está a preparar para decidir a metodologia de decisão sobre a sua localização. Que as conversas com Luís Montenegro durarão, mais coisa menos coisa, um ano e meio. Que, 50 anos depois, Costa mostrou a firmeza que oferece ao processo de não decidir e voltou tudo à estaca zero. Ou antes dela, porque agora Santarém foi acrescentado ao naipe de escolhas. Vai ser mais um ano e meio de especulação com terrenos e pressões económicas múltiplas.
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