Quando há uns anos dizia que Vieira da Silva ou estava a mentir ou estava a ser incompetente, eu era acusado de “neoliberalismo”, “fascismo”, “insensibilidade”, “desrespeito pelos pensionistas”. Mas aparentemente eu tinha razão – aliás, não é uma questão de opinião. É uma questão de factos e números demográficos: a nossa segurança social está falida e é injusta. É injusta para quem vai ter cortes nas reformas, sim, mas é sobretudo injusta para as gerações mais novas que não sabem se terão ou não uma reforma que se veja
O que se está a passar com as pensões é triste, porque falta honestidade e coragem ao PS para falar a verdade aos portugueses. O PS tem mantido vitórias eleitorais porque Passos Coelho teve coragem para tocar no tabu da insustentabilidade das pensões. Isso assustou parte desse eleitorado mais velho, que se acantonou no PS; este eleitorado grisalho pensa ou pensava que o PS ia guardar para sempre a sua pensão. Essa bolha rebentou nesta semana, que está a ser um momento “antes e depois” para o PS e para o país. Estamos, parece-me, no momento TSU de Costa.
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