Através de Medina, Costa e até Centeno, o PS está neste momento a fazer um mea culpa indireto pelo desastre que nos conduziu à troika e à bancarrota assistida
Medina está a seguir a prudência de Centeno, governador do Banco de Portugal, que pediu cautela no pacote de ajuda à inflação. A inflação é uma variável que baixará e, portanto, as ajudas não podem ser rígidas, não podem comprometer o futuro. Medina tem razão nesta prudência que evita pacotes de ajuda mais populares ou populistas. Mais ainda, Costa tem razão ao recordar essa linha vermelha que é a dívida e o défice, até porque foram os governos do PS que enterraram Portugal nesta dívida; foi Sócrates quem chamou a troika. Num certo sentido, através de Medina, Costa e até Centeno, o PS está neste momento a fazer um mea culpa indireto pelo desastre que nos conduziu à troika e à bancarrota assistida - e isto não é um pormenor.
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