2 setembro 2022 0:02
Quem se demite àquela hora é porque tem urgência em fazê-lo, e acaba por ser reconfortante saber que ainda há quem consiga ser atendido de urgência
2 setembro 2022 0:02
Em Janeiro, no debate com Jerónimo de Sousa, António Costa dizia não sentir confiança para afirmar que a chamada ‘geringonça’ fosse “uma solução estável”, pelo que a “solução segura e certa” seria uma maioria absoluta do PS. Oito meses depois, o Governo está de facto bastante estável, no sentido em que costumamos ouvir dizer que um paciente com diagnóstico reservado se encontra estável. Marta Temido demitiu-se mas, até ver, continua em funções — até porque, de acordo com os jornais, o primeiro-ministro quer que seja ela a levar ao Parlamento o diploma que regula a nova direcção do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ou seja, a ministra está em morte política, mas ficará ligada à máquina do Estado durante mais umas semanas. Em defesa de António Costa, é preciso admitir que só a estabilidade de uma maioria absoluta permite que seja um ministro demissionário a tomar decisões importantes para o futuro.
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