Gorbatchov merece um lugar na História porque falhou. Não merece um lugar na História pelo seu humanismo, que é discutível, ou pela sua inteligência, ainda mais discutível. Está na História porque tentou reformar o irreformável, a mentira monstruosa que era a URSS
O comunismo era uma organização assassina da mentira. Podem ler dezenas ou mesmo centenas de livros sobre esta perversão amoral. Nos últimos tempos, li “Koba the Dread” (Teorema) de Martin Amis e “Ruído do Tempo” (Quetzal) de Julian Barnes. O primeiro é um ensaio sobre o estalinismo e a conivência dos intelectuais ocidentais com essa mortandade; o segundo é um belo e enxuto romance sobre a sobrevivência (impossível) da verdade da arte e da liberdade do artista dentro da URSS.
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