Por razões académicas e profissionais tenho tido a oportunidade e o gosto de participar em diversas atividades de reflexão e formação em torno das temáticas da ética, da integridade, da má gestão das organizações, públicas e privadas, da fraude e da corrupção, e sobretudo das metodologias e instrumentos de gestão de controlo e prevenção de riscos daquela natureza.
De um modo geral, a perceção que esta experiência me tem proporcionado vai-me dizendo que no nosso país as pessoas – independentemente da posição hierárquica que ocupam ou das funções exercidas – consideram que os verdadeiros problemas de fraude e corrupção estão fora das organizações onde trabalham. Os verdadeiros problemas dessa natureza são os que conhecem de ler nas páginas dos jornais e de ouvirem nas televisões e nas rádios e não os que ocorrem ou possam ocorrer no dia-a-dia das suas organizações. Admitem que possam ocorrer situações de fraude, de corrupção e até de suborno, mas que, apesar de as considerarem negativas, não representam uma ameaça com a gravidade e com os impactos dos casos que são mediatizados.
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