Na segunda volta das presidenciais, Macron apelou ao voto da esquerda em nome de uma “frente republicana” que partilha um conjunto de valores comuns. Chegada à segunda volta das legislativas, os valores comuns passaram a ser entre os dois “extremismos”. Ontem, Macron perdeu a maioria absoluta. Tem três possibilidades: governar com a direita tradicional, aceitando o sistema tripartido; tentar dividir a esquerda, para voltar a ter Le Pen como única alternativa; ou esperar um ano e dissolver o parlamento. O Macron napoleónico morreu e agora tem uma oposição progressista
Lembro-me dos debates, por essa Europa fora, e em Portugal também, em torno do apelo de Mélenchon na noite da primeira volta das últimas eleições presidenciais, quando ele ficou em terceiro. Ao dizer que nem um voto deveria ir para Marine Le Pen não teria sido suficientemente claro, dizia-se.
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