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Opinião

O Otelo que escolho celebrar

A democracia teve a cautela de circunscrever a relevância política de Otelo a um período determinado. Não foram pequenos os seus erros e o que fez antes deles nunca os apagará. Mas à coragem daquele dia inicial inteiro e limpo devemos quase tudo. Houve um jovem capitão que, na companhia de muitos outros, fez o que velhos generais não se atreviam. Aos que querem mais uma trincheira sobre um cadáver não faço companhia. Porque sei que não são os seus erros e crimes que querem atingir, mas o seu acerto a 25 de abril

Não há mortes nas trincheiras deste tempo de redes sociais. Mas cada morte transforma-se numa trincheira. E com o crescimento de uma extrema-direita revanchista, cada morte tem a função de legitimar ou deslegitimar pedaços da nossa história. Essa parte não é nova. Quem pensa que o passado é uma coisa que está pousada para os historiadores contarem como foi nunca compreenderá a forma como todos os regimes, sejam ditaduras ou democracias, todas as correntes políticas, sejam de esquerda ou de direita, e todas as nações, sejam europeias ou africanas, precisam dele para se explicarem à luz do que é o seu presente e do que querem para o seu futuro.

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