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Opinião

A maré baixa da extrema-direita e os festejos precipitados

A virulência de Bolsonaro contra a Rede Globo, que tinha acompanhado com simpatia a sua eleição em 2018, é um sinal da mudança de maré, mais do que das idiossincrasias do presidente que se faz aclamar pelo seus apoiantes ao grito tribal de “Mito”. Percebe-se a razão do seu medo

Percebe-se a razão do seu medo. Desgastado pela sua indiferença por meio milhão de vítimas de Covid, Bolsonaro ficou recentemente sem vários dos seus aliados mais poderosos: Trump foi derrotado, Netanyahu caiu, Macri foi varrido na Argentina. Vem ainda pior: no Chile, as eleições para a Constituinte comprovaram o isolamento do governo de Piñera, o Peru foi “perdido” para um sindicalista, como o presidente brasileiro se queixou, Duque está confrontado com uma sublevação popular na Colômbia, a oposição de direita na Venezuela dividiu-se e não se ouviu falar mais dela. O mapa dos poderes da extrema-direita está a empalidecer, o que faz da disputa brasileira o centro da política na América Latina. Assim se compreende que os chefes da direita tradicional, a começar por Fernando Henrique Cardoso, pelos ex-aliados de Bolsonaro no “centrão” do parlamento e até por algumas lideranças neopentecostais, se distanciem deste desastre e procurem alternativas, mesmo que alguns já pareçam resignados à bipolarização que pode levar Lula de novo ao poder.

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