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Opinião

O Continente, o ludismo e como pôr a tecnologia a trabalhar para todos

Abriu uma loja do Continente tecnológica, com menos trabalhadores. Há quem defenda impostos sobre a tecnologia. Erro. É preciso beneficiar as empresas que conjugam tecnologia com investimento em formação profissional. Desviar o dinheiro que serviria para concentrar riqueza nuns e desemprego noutros para reconverter trabalhadores, reduzir horários e criar um novo mercado de trabalho social e público. A questão não é como travar a tecnologia. É como pô-la ao serviço de todos

Foi anunciada, com grande excitação, a abertura de uma nova loja do Continente totalmente tecnológica, sem caixas. Ou seja, com menos trabalhadores. Essa é a sua verdadeira modernização. Boa para os acionistas, não sei se com grande vantagem para os clientes (pensem o que ganhámos com o atendimento automático telefónico, sem contacto com pessoas, no apoio ao cliente). Não há nada de surpreendente aqui. Depois da mecanização do trabalho fabril, este é o tipo de emprego que vai desaparecer: os trabalhos repetitivos de baixo rendimento, em que a tecnologia parece ser mais barata do que a mão de obra. Os trabalhos de custo baixo e menos repetitivos – como a limpeza de quartos de hotéis ou algum trabalho de minúcia na agricultura – são mais baratos quando feitos por imigrantes sem direitos do que o investimento que seria exigido em tecnologia.

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