Há um mês, dois terços dos portugueses preferiam esperar para serem vacinados. Agora, esgatanham-se pela vacina. Tão previsível como o aparecimento de chicos-espertos. É inacreditável que Francisco Ramos misture a vacinação com debate eleitoral, mas não dar segunda toma a quem prevaricou seria, com o atual protocolo, atirar a primeira para o lixo. Puna-se com a lei quem não cumpre e não se transforme a exceção em regra. Até porque, quando o resto nos corre tão mal, não estamos com más taxas de vacinação
Há pouco mais de um mês, dois terços dos portugueses diziam preferir esperar algum tempo até serem vacinados. Eram devaneios de uma falsa sensação de segurança e medo do desconhecido. Agora, que a pandemia se sente de forma aguda e tudo o que andaram a ler nas redes sociais sobre os efeitos da vacina não se confirmou, já todos se esgatanham por ela e instalou-se a caça a quem fura os critérios. Tudo isto era previsível. A mudança de estado de espírito e as polémicas sobre os critérios. Assim como era previsível que, num processo de vacinação que envolverá praticamente todos os portugueses, aparecessem chicos-espertos.
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