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Opinião

Na novilíngua trumpista, contar todos os votos é roubar eleições

Sabendo que os votos por correspondência que são decisivos em estados decisivos têm de ser contados para saber quem venceu, Trump lançou a acusação de que lhe estavam a roubar as eleições. Contar todos os votos é roubar eleições. Não sabemos se Trump perdeu ou venceu. Se vencer, esperam aos EUA e ao mundo quatro anos ainda mais duros do que os anteriores. Se perder, serão dois meses e meio de inferno. Não estou otimista, mas esperemos que seja a provação mais rápida. O mundo precisa de se ver livre deste incendiário.

Trump consegue criar realidades alternativas, mundos alternativos, verdades alternativas. Mas a morte é a morte e quando ela bate à porta as redes sociais não conseguem esconder o sofrimento. E foi a Covid que deixou Trump numa situação difícil. Ela pode tramar todos os governos em todo o lado. Mas, perante a pandemia, o presidente em campanha optou por três abordagens: ignorar, negar e ridicularizar. Com comícios apinhados de pessoas sem máscaras, manteve-se de costas viradas para o sentimento de demasiados norte-americanos. Não há números da economia, fake news ou insultos a opositores que façam milagres. Desta vez, Trump não conseguiu determinar a narrativa da campanha. Ela também foi, só podia ser, sobre a pandemia. E ele ignorou-a. O fator covid, associado à gasolina que atirou às questões raciais, fez a diferença.

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