Esta ausência de choque com a morte de velhos abandonados à sua sorte mostra que não eram eles a nossa preocupação quando tirámos as crianças e jovens das escolas e nos enfiámos em casa. Mostra também que tão perigoso como a covid (ou, na verdade, mais) é o nosso medo
Ainda nos idos de março, estava a pandemia no início, fiquei comovido com a forma como os portugueses se mobilizavam para proteger os seus mais velhos e doentes, que são os principais grupos de risco da covid. Rapidamente passou a comoção. Dada a histeria coletiva e a perceção totalmente distorcida do risco envolvido com a doença, convenci-me de que, afinal, a generalidade dos portugueses estava era preocupada consigo mesma ou, vá lá, com os seus familiares. Nada disto é científico, claro, eram perceções.
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