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Aristides desafiou ordens e salvou Henri e milhares de pessoas: 80 anos depois, testemunhas contam o que aconteceu

“Vistos para a vida”, série documental sobre o cônsul português estreia na Opto esta quarta-feira. O Expresso entrevistou Henri Dyner, um dos milhares de refugiados salvos por Aristides, a quem a fuga ao nazismo deixou uma “mancha no pulmão”. Ao longo de cinco episódios (com cerca de meia hora de duração cada um), Henri e outras 36 pessoas (ou descendentes) que receberam vistos do cônsul de Bordéus, investigadores, judeus, e familiares do próprio Aristides de Sousa Mendes sublinham a importância do que este fez por milhares de pessoas em muito poucas semanas. Veja aqui em primeira mão o início do episódio de estreia, e leia a história de vida de Henri, um cidadão do mundo que nasceu belga, cresceu no Rio de Janeiro, vive na Califórnia e foi ajudado pelo milionário português Lúcio Tomé Feteira

A memória das crianças retém o que escapa aos adultos: “Lembro-me de acordar assustado com o barulho das bombas, a meio da noite de 10 de maio de 1940, e de a minha mãe aparecer a dizer para eu não ter medo porque era o barulho de foguetes e ia passar".

O barulho não passou e a família saiu de Antuérpia – onde vivia – duas horas depois de Henri acordar com o barulho dos bombardeamentos da aviação alemã “O meu pai andava a preparar a fuga há algum tempo. O carro estava preparado, tinha gasolina, era um Nash azul metálico, um automóvel americano que já não se fabrica, e tinha gasolina. Éramos oito pessoas lá dentro. Eu e os meus pais, os meus avós maternos, um irmão da minha mãe com a mulher e a filha, uma bebé de nove meses”, recorda o engenheiro e gestor Henri Dyner aos 85 anos, numa longa entrevista por Whatsapp entre Lisboa e Palo Alto, onde vive atualmente com a sua mulher holandesa: “Mudámos para a Califórnia porque os nossos dois filhos e os quatro netos moram cá”.

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