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A mãe do porta-voz de Guterres foi salva por um visto de Aristides. Mas só soube o nome do cônsul muitos anos depois

“Ele fez o que a religião ensina, mas pouca gente faz. Arriscou a carreira para salvar pessoas”, afirma a biógrafa Anka Muhlstein, neta do banqueiro Robert Rothschild, no quinto (e último) episódio da série documental “Vistos para a Vida” que estreou dia 19 de outubro na Opto. Dezenas de testemunhos e relatos inéditos sobre a corajosa desobediência de Aristides Sousa Mendes, e um retrato do cônsul de Portugal em Bordéus pela voz dos que sobreviveram ao horror da II Guerra e ao nazismo e, também, dos seus descendentes

A escritora Anne Begley não passou fome nem sentiu frio, apesar de ter sobrevivido ao nazismo com um visto emitido por Aristides de Sousa Mendes. Ao contrário de Jerry Brunell que, com 13 anos, fugiu praticamente sozinho com duas joias que a mãe lhe deu para “usar quando tivesse de salvar a vida”, Anne – registada à nascença como Anka Mühlstein –, neta materna do banqueiro Robert Rothschild, nunca precisou. Mas percebeu o que é o sentimento da "derrota total, o que é a derrota significa para as pessoas” quando leu o diário do pai.

O pai de Anne era polaco, chamava-se Anatol Mühlstein e, em junho de 1940, saiu de Paris com a mulher e as três filhas. A família foi para para Pauillac – perto de Bordéus – e instalaram-se numa propriedade vitivinícola que pertencia aos avós de Anne.

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