Manter o legado de Isabel II, prolongar a atitude pacifista e a união. No futuro, pede-se que Carlos III seja um reflexo daquilo que a mãe foi como rainha. Dificilmente será expectável que venha a tornar-se um rei politizado e um dos grandes desafios que terá em mãos está em solo britânico: a Escócia.
“Mais que tudo, o reinado de Carlos III pode ser o reinado do fim do Reino Unido tal como o conhecemos. É uma questão de vontade do povo escocês”, diz ao Expresso Germano Almeida, analista de política internacional. “Estar, neste momento, a falar sobre isto e a questionar mostra como o reinado de Carlos será diferente. Questões como esta não atingiam a rainha Isabel II. Essa era uma questão que batia diretamente em quem a tinha levantado, que foi o Partido Conservador. Carlos III corre seriamente o risco de levar com os estilhaços de tudo porque há um risco claro e sério de a Escócia querer sair”, sublinha, vincando que a vontade independentista cresceu com o Brexit, em que os eleitores escoceses votaram em massa para permanecer na União Europeia. “O travava a vontade de sair? O respeito pela rainha e isso acabou ontem [esta quinta-feira].”
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mpgoncalves@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes