Guerra na Ucrânia

Lula da Silva recusa ir à Rússia, mas quer juntar Brasil à Índia, Indonésia e China para falar de paz

Lula da Silva, em visita à China, com Xi Jinping
Lula da Silva, em visita à China, com Xi Jinping
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O Presidente brasileiro, Lula da Silva, informou esta sexta-feira que conversou com o Presidente russo, Vladmir Putin, ao telefone, e que recusou o seu convite para ir à Rússia. Brasil prefere falar com Índia, Indonésia e China sobre a paz na Ucrânia

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, tem dado vários passos atrás numa retórica que, depois de tomar posse, foi lida no Ocidente como demasiado próxima dos interesses da Rússia na guerra da Ucrânia. Esta sexta-feira informou que tinha negado um convite de Putin para visitar o país. "Conversei agora por telefone com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin. Agradeci um convite para ir ao Fórum Económico Internacional de São Petersburgo e respondi que não posso ir à Rússia nesse momento, mas reiterei a disposição do Brasil para, junto com a Índia, Indonésia e China, conversar com ambos os lados do conflito em busca da paz", escreveu Luiz Inácio Lula da Silva, na rede social Twitter.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O conflito causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas.

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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