17 março 2023 14:03
Lourenço Pereira Coutinho
Historiador
História “Guernica”, de Pablo Picasso (1937), coleção do Museu Reina Sofia, Madrid
A diplomacia da Santa Sé é diferente da dos outros estados. Em teoria, não tem objetivos económicos comerciais ou militares. Por princípio, também não toma posições políticas
17 março 2023 14:03
Lourenço Pereira Coutinho
Historiador
S
erá a paz perpétua entre Estados uma utopia alcançável? A Santa Sé acredita que sim ou, pelo menos, não desiste de perseguir o desígnio. Paulo VI definiu a diplomacia papal como a “arte de criar a paz”. Este fim supremo explica porque, a partir do século XX, a Igreja passou a defender o desarmamento universal e a procurar construir pontes entre todas as margens. Por princípio, a Santa Sé não toma, pois, a iniciativa de cortar relações diplomáticas com algum Estado. Pelo contrário, procura ampliá-las. No pontificado de Bento XVI, aprofundou as suas relações diplomáticas com a Rússia e, atualmente, o Papa Francisco tem tentado, embora sem sucesso, abrir canais de diálogo com a China.