Guerra na Ucrânia

Congressistas democratas retiram pedido a Biden para que negoceie cessar-fogo com a Rússia

Pramila Jayapal
Pramila Jayapal
Kevin Dietsch/Getty Images

A divulgação da carta enviada ao Presidente dos Estados Unidos foi feita sem permissão e o conteúdo foi mal interpretado, justifica a presidente da bancada progressista, Pramila Jayapal

Cerca de 30 congressistas democratas retiraram o pedido ao Presidente norte-americano, Joe Biden, de uma abordagem direta à Rússia para obter um cessar-fogo na Ucrânia, alegando que foi feito há alguns meses e teve uma leitura incorreta.

Em comunicado, a presidente da bancada progressista, Pramila Jayapal, que encabeçou a carta enviada a Biden, disse que a sua divulgação foi feita sem permissão e que o seu conteúdo foi mal interpretado.

A sua mensagem, segundo a nota divulgada, foi equiparada a uma recente declaração do líder da minoria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, que ameaçou interromper a ajuda à Ucrânia, se os republicanos regressarem ao poder no Congresso nas eleições intercalares.

“A proximidade das duas declarações criou a infeliz impressão de que os democratas, que apoiaram com força e de forma unânime todos os pacotes de ajuda militar, estratégica e económica aos ucranianos, estão de alguma foram alinhados com os republicanos”, escreveu Jayapal.

A carta enviada na segunda-feira a Joe Biden argumentava que a “destruição” causada pelo conflito russo-ucraniano, deixou a Ucrânia, os Estados Unidos e o resto do mundo “interessados” em impedir que se prolongue.

"Por essa razão, instamos a que acrescente ao apoio militar e económico que os Estados Unidos têm dado à Ucrânia um impulso diplomático proativo e que redobre os esforços para alcançar um marco realista para um cessar-fogo", enfatizava a missiva encabeçada por Jayapal.

O grupo queria que o Presidente levasse a cabo esforços diplomáticos “intensos” em apoio a um acordo de cessar-fogo negociado, que entre em conversações “diretas” com a Rússia e que explorasse as possibilidades de um novo pacto de segurança europeu aceitável para todas as partes e que permitisse uma Ucrânia “independente e soberana”.

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