27 novembro 2013 13:27
José Dirceu vai receber 6422 euros para gerir um hotel. Ex-ministro da Casa Civil brasileira cumpre pena de prisão em regime semiaberto.
27 novembro 2013 13:27
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado no caso 'Mensalão', foi contratado para o cargo de gerente do Hotel Saint Peter, em Brasília, e aguarda agora a autorização do juíz da Vara de Execução Penal da capital.
José Dirceu receberá um salário de 20 mil reais (6422 euros) e terá um horário laboral das 8h às 17, com uma hora de almoço, segundo "O Globo".
Condenado a sete anos e 11 meses de prisão por corrupção, Dirceu cumpre pena em regime semi-aberto, podendo trabalhar dentro ou fora do estabelecimento prisional, caso seja autorizado.
O hotel, adianta o jornal brasileiro, já enviou o contrato de trabalho para o Supremo Tribunal Federal, que informou, por sua vez, que a autorização cabe ao juíz da Vara de Execução Penal de Brasília.
O salário e o cargo foram os propostos por José Dirceu, mas a entidade empregadora sublinha que poderá alterar as funções.
Funções podem ser alteradas
"O empregado poderá ser transferido para outro serviço no qual demonstre melhor capacidade de adaptação desde que compatível com sua condição pessoal", refere o documento, citado pelo "O GLobo".
O contrato tem uma duração de 45 dias, que pode ser alargado por igual período de tempo, antes de se tornar definitivo.
"A entidade empregadora tem plena consciência e concorda com as condições do empregado no sentido de cumprir a atividade laboral, seja no tocante ao horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime profissional semiaberto ou outro que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena", acrescenta o documento.
Num questionário, José Dirceu revela que se candidatou à vaga de gestor por gostar do sector hoteleiro e das áreas financeira e administrativa.
No dia 15 de novembro, 11 dos 12 condenados no caso 'Mensalão', que o Supremo Tribunal brasileiro decretou a prisão imediata, entregaram-se às autoridades, mas o outro, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil fugiu para a Itália.