Internacional

Asunta morreu por dose excessiva de medicamento

25 outubro 2013 0:01

A filha da advogada galega morreu por asfixia, mas devido a uma dose excessiva de ansiolíticos. Professores já tinham alertado para frequentes estados de sonolência da aluna.

25 outubro 2013 0:01

Asunta Basterra, a criança de 12 anos que foi encontrada morta há um mês em Santiago de Compostela, em Espanha, morreu devido uma dose excessiva de medicamento.

Foi uma overdose de lorazepam, um ansiolítico destinado a pessoas que sofrem de ansiedade, que causou asfixia à criança, segundo explicaram à agência EFE fontes ligadas ao processo.

Esta hipótese já tinha sido levantada, depois das análises ao cadáver de Asunta terem revelado a presença de uma dose letal do ansiólitico, no entanto, as autoridades continuavam também a apontar para a tese de sufocamento com uma almofada.

De acordo com a mesma fonte, as análises confirmaram concentrações mais elevadas do medicamento no corpo de Asunta no início do verão, o que coincide com as declarações dos professores.

Nesta altura, os docentes do colégio e da escola de ballet garantem ter alertado os pais que a criança chegava frequentemente às aulas com estados de sonolência, mas ambos terão desvalorizado a situação. Dois dias antes do crime, a criança até terá faltado às aulas, uma vez que estaria pior. Entretanto, o pediatra de Asunta confirmou que a criança não era alérgica ao medicamento.

Os pais, a advogada Rosario Porto e o jornalista Alfonso Basterra, são os únicos suspeitos e estão ambos detidos desde o dia 27 de setembro, cinco dias depois de ter sido encontrado o corpo da filha numa estrada florestal em Teo, onde a família tem uma casa de férias, próximo de Santiago de Compostela.

Na semana passada, o juíz José Antonio Vasquéz Taín elevou a assassinato a acusação aos pais, com base em duas agravantes: parentesco e aleivosia (crime com falsas demonstrações de amizade ou traição).