África

Pelo menos 288 pessoas morreram na atual época chuvosa em Moçambique

As cheias em Moçambique fizeram perto de 300 vítimas mortais
As cheias em Moçambique fizeram perto de 300 vítimas mortais
ESA ALEXANDER/REUTERS

O chefe de Estado moçambicano Filipe Nyusi dá ainda conta de que pelo menos 210 mil famílias foram afetadas pelas intempéries entre 1 de outubro de 2022 e 21 de março de 2023, que incluem a passagem do ciclone tropical Freddy

Um total de 288 pessoas morreram em resultado das intempéries durante a atual época chuvosa em Moçambique, informou hoje o Presidente moçambicano.

Os dados são correspondentes ao período entre 1 de outubro de 2022 e 21 de março de 2023, indicou Filipe Nyusi, durante o discurso de abertura da sessão do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, que decorre entre hoje e sábado na Matola.

Além dos óbitos, segundo o chefe de Estado moçambicano, pelo menos 210 mil famílias foram afetadas pelas intempéries durante o período, que incluem a passagem do ciclone tropical Freddy.

Do total de vítimas mortais, pelo menos 165 perderam a vida em resultado da passagem do ciclone Freddy.

Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 4 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.

O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha a 5 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.

Em Moçambique, o ciclone, que teve o seu primeiro impacto em 24 de fevereiro e voltou a tocar terra no final há duas semanas.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Freddy pode ter quebrado o recorde de duração do furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da instituição não confirmem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.

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