Johan Floderus, o diplomata sueco da UE mantido em cativeiro durante dois anos no Irão, é um dos detidos que foi libertado. A troca de detidos foi mediada por Omã
O Irão e a Suécia realizam, este sábado, uma troca de prisioneiros, mediada por Omã. Entre os prisioneiros encontra-se Johan Floderus, o diplomata sueco da UE mantido em cativeiro durante dois anos no Irão, é um dos detidos que foi libertado.
O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, disse, numa publicação na rede social X que os reclusos "estão num avião a voltar para a Suécia" e que, "em breve, estarão reunidos com as suas famílias".
Também Hamid Nouri, que estava a cumprir pena de prisão perpétua na Suécia por ter participado na morte de prisioneiros políticos e tinha sido condenado, em 2022, por crimes de guerra pelo Tribunal Distrital de Estocolmo, foi libertado. As execuções pelo qual foi condenado ocorreram em 1988, no final da guerra do Irão com o Iraque.
Depois de o então líder do Irão, Ruhollah Khomeini, ter aceitado o cessar-fogo, mediado pelas Nações Unidas, membros do grupo da oposição iraniano invadiram a fronteira iraquiana, num ataque surpresa. Segundo as estimativas de alguns grupos internacionais de direitos humanos, cerca de cinco mil pessoas foram executadas.
"Desde o início que ficou claro que esta operação exigiria decisões difíceis", afirmou o primeiro-ministro sueco sobre a troca de detidos que foi mediada por Omã.
A comissária europeia sueca Ylva Johansson, que trabalhou na equipa de Johan Floderus, disse, segundo o The Guardian, que este estava “finalmente livre”: “após mais de dois anos de prisão injusta numa prisão iraniana. Estou muito, muito, muito feliz. Estou feliz pelo Johan, pela sua família e pelos seus amigos”.
"Todos os dias, nestes últimos dois anos, Johan tem estado nas nossas mentes e nos nossos corações. Falámos dele todos os dias e agora estamos todos tão aliviados e felizes por podermos finalmente dizer: 'Johan, bem-vindo a casa'", acrescentou.
A Comissão Europeia também emitiu um comunicado que confirmava que Johan estava "a caminho de casa". A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse estar "encantada". Ursula von der Leyen felicitou a Suécia pelos seus esforços "persistentes" para conseguir a libertação de Floderus.
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