Não há nada de novo sob o sol nas eleições legislativas antecipadas que estão a decorrer na Grécia: como as sondagens já indicavam, é provável que atual primeiro-ministro do país, Kyriakos Mitsotakis, do partido Nova Democracia (de centro-direita) seja o vencedor.
Porém, tudo aponta para que tenha de voltar a haver eleições em julho, pois estima-se que Mitsotakis, de 55 anos, obtenha 35% dos votos, apenas 6 pontos a mais do que o seu opositor direto, o antigo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, de 48 anos, líder do partido Syriza (esquerda).
Só na manhã de 22 de maio, segunda-feira, será conhecido o resultado. E, no caso de não existir nenhuma maioria absoluta, o que se afigura previsível, o partido mais votado tem três dias para formar uma coligação. Se não o conseguir, esta hipótese será de imediato dada ao segundo partido e, caso este chegue ao mesmo impasse, ao terceiro. Se nenhum dos três partidos com mais votos conseguirem as alianças políticas necessárias, terá de ser nomeado um Governo provisório e agendadas novas eleições.
Certo é que estas já ocorreriam sob uma nova lei eleitoral que deixa de prever, para o vencedor, o ‘bónus’ de mais 50 deputados constante na lei anterior.
Os analistas têm vindo a considerar que 9,8 milhões de gregos chamados ao voto terão de esperar pelo menos 40 dias para saber qual xadrez político que terá de ser feito a fim de viabilizar a formação de um governo, bem como a distribuição das cadeiras parlamentares. E têm falado na inevitabilidade de um impasse político, perante um cenário eleitoral demasiado fragmentado, no qual a constituição de coligações se afigura um nó difícil de desatar.
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