Ainda há estrelas no céu, mas Peter Martinez, com carreira feita entre os telescópios usados pelos astrónomos e os corredores das Nações Unidas para supervisionar o Comité de Usos Pacíficos do Espaço Exterior, aponta para algo bem menos cintilante: “Neste preciso momento há 10.800 toneladas de materiais no espaço que resultam de lançamentos”.
Só mesmo os números clarificam o que a luz de nenhuma estrela pode desvelar: hoje, há 36 mil objetos, derivados da atividade humana e com dimensão superior a uma chávena de café, a orbitar a Terra. Se as contas abrangerem dimensões menores, o número sobe para a ordem das centenas de milhares ou mesmo milhões de ameaças de colisão para os satélites que hoje garantem parte das atividades diárias na Terra.
Claro que o cenário pode ser pior: e se alguém lançar um míssil contra uma dessas máquinas orbitais?
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