A voz dos protestos tornou-se silenciosa, mas a crise económica mantém-se. Há cerca de um ano, o Sri Lanka falhou o pagamento da dívida externa. A taxa de inflação elevada foi acompanhada de carências de alimentos, combustível e eletricidade, escolas fechadas e hospitais com falta de medicamentos. Os protestos antigovernamentais cresceram, prolongando-se durante meses, levando o ex-Presidente Gotabaya Rajapaksa a fugir do país em julho, depois de a sua residência ter sido invadida.
O Parlamento elegeu para novo chefe de Estado o ex-primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe. Desde então, a população ainda não teve oportunidade de se expressar nas urnas. Depois de terem sido adiadas uma vez, as eleições autárquicas chegaram a estar marcadas para dia 25 de abril, mas foram de novo postas em espera, sem que haja nova data para a sua realização.
A Comissão Eleitoral viu-se forçada a adiar a ida às urnas por falta de fundos. Estima-se que as eleições custem 10 mil milhões de rupias do Sri Lanka (cerca de 28 milhões de euros), e o Executivo tem vindo a argumentar que ir a votos não deve ser a prioridade num momento de crise. Além disso, decidiu que os fundos públicos devem ser usados apenas para “serviços essenciais”, descrição que aplicou a salários e bolsas escolares, mas sem incluir atos eleitorais.
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