Internacional

Há mais bilionários russos apesar das sanções, segundo a "Forbes"

Há mais bilionários russos apesar das sanções, segundo a "Forbes"
SERGEI KARPUKHIN/Reuters

Número de bilionários russos não só aumentou como também a sua riqueza: são 110 e detêm um património avaliado em 505 mil de milhões de dólares (460 mil milhões de euros), segundo a lista dos mais ricos da “Forbes” russa

O número de cidadãos mais ricos da Rússia, segundo dados de 2022, são agora 110, mais 22 do que no ano anterior, segundo a edição russa da revista “Forbes”, citada pela Reuters. Os novos ricos que se juntaram à lista são “bilionários que ganharam dinheiro com snacks, supermercados, produtos químicos, construção e produtos farmacêuticos” devido à procura doméstica que, diz a “Forbes”, “permaneceu forte apesar das sanções” ocidentais decretadas na sequência da invasão da Ucrânia.

O património dos cidadãos mais ricos da Rússia, segundo a mesma publicação, ascende a 505 mil milhões de dólares (460 mil milhões de euros), mais 152 mil milhões de dólares (138,46 mil milhões de euros) do que em 2022. Ainda assim, este crescimento não supera a riqueza divulgada em 2021 quando esta ascendia a 606 mil milhões de dólares (552 mil milhões de euros), antes de 24 de fevereiro de 2022, quando o presidente russo, Vladimir Putin, deu ordens para as forças militares do país invadirem a Ucrânia.

"Os resultados da classificação do ano passado [2022] foram influenciados por previsões apocalípticas sobre a economia russa", disse a “Forbes”, que assinala, também, que a lista seria maior se cinco bilionários não tivessem renunciado à nacionalidade russa.

Após a invasão da Ucrânia, há mais de um ano, e depois das sanções aplicadas pela Europa e Estados Unidos, Vladimir Putin tentou desvalorizar os impactos, mas a economia russa, segundo a mesma publicação, "encolheu 2,1% sob a pressão das sanções ocidentais", embora tenha continuado a conseguir "vender petróleo, metais e outros recursos naturais para mercados globais, em particular para a China, Índia e Médio Oriente".

No mesmo artigo pode ler-se que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) foram revistas em alta. Em 2023, a Rússia deverá crescer 0,7%, contra uma previsão anterior de 0,3%, embora as perspetivas para 2024 sejam agora mais negativas com uma redução "de 2,1% para 1,3%".

Os três primeiros na lista dos bilionários russos

Andrei Melnichenko é apontado como o mais rico da Rússia pela “Forbes” que refere: “fez fortuna com fertilizantes, um património estimado de 25,2 mil milhões de dólares (22,96 mil milhões de euros), mais do dobro do valor estimado no ano passado”;

Vladimir Potanin é o presidente da Nornickel, maior produtor mundial de paládio e níquel refinado, e também o maior acionista da empresa. Foi listado como “o segundo mais rico da Rússia, com uma fortuna avaliada em 23,7 mil milhões de dólares (21,59 mil milhões de euros)”;

Vladimir Lisin foi classificado pela “Forbes” como o terceiro homem russo mais rico. Controla a siderúrgica NLMK e tem uma fortuna avaliada em 22,1 mil milhões de dólares (20,13 mil milhões de dólares)”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas