21 janeiro 2023 20:35









O “Ano do Coelho” começa a contar a partir deste domingo, dia 22 de janeiro. Seguem-se vários feriados e outros tantos dias de celebração, que muitas pessoas aproveitam para visitar familiares que vivem em zonas distantes e com quem têm dificuldades em estar, precisamente devido à distância. A data é celebrada um pouco por todo o mundo
21 janeiro 2023 20:35
Festas, gente nas ruas, centenas de milhares de pessoas a atravessar o país para se encontrarem com os seus amigos e familiares, espetáculos de fogo-de-artifício, foguetes, lanternas e o tradicional desfile de dragões. As celebrações do Ano Novo chinês costumam ter tudo isso - e este ano não será exceção.
O novo ano chinês, regido pelo coelho - que é, para a população chinesa, símbolo de longevidade, paciência, paz e prosperidade - começa a contar a partir deste domingo, dia 22 de janeiro. Seguem-se vários feriados e outros tantos dias de celebração, que muitas pessoas aproveitam para visitar familiares que vivem em zonas distantes e com quem têm dificuldades em estar, precisamente devido à distância.
Preparam-se refeições com pratos típicos chineses, convive-se à mesa, trocam-se presentes. O Ano Novo chinês é a principal celebração para as famílias na China.
A data é celebrada não só na China como por toda a Ásia e em países com grandes comunidades chinesas. Portugal é um exemplo disso - na sexta-feira, dezenas de membros da comunidade chinesa reuniram-se em frente à Câmara do Porto para assinalar o Ano do Coelho. As celebrações deixaram uma mensagem de agradecimento à China pelos equipamentos enviados durante a pandemia, elogios às relações diplomáticas e um pedido que revela a tensão que existe entre a China e os Estados Unidos, contou o Expresso.
Numa mensagem esta semana, António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, desejou "saúde, paz e felicidade", com espírito de esperança e novos começos". Guterres lembrou que o coelho é um símbolo de energia e destreza, qualidades que, sublinhou, são necessárias quando a humanidade enfrenta dificuldades e problemas.
“Apesar dos ventos contrários que se fazem sentir hoje em dia no nosso mundo, sabemos que quando trabalhamos juntos, podemos atingir os nossos objetivos”, afirmou o secretário-geral.
Celebrações assombradas pela covid-19
É realmente um momento de festa, mas assombrado, este ano, pela preocupação de que haja um aumento significativo do número de infeções por covid-19, devido à deslocação interna de milhões de chineses e chinesas, naquela que é considerada a maior migração anual do mundo.
Com o fim da política "covid zero" do Governo chinês, não há quaisquer restrições em vigor no país.
As autoridades chinesas estimam que sejam feitas perto de 2,1 mil milhões de viagens durante este período, o que corresponderá a cerca de dois terços dos níveis registados antes da pandemia.
O próprio Presidente chinês, Xi Jinping, admitiu estar preocupado com o aumento do contágio, especialmente nas zonas rurais e entre os agricultores. “Os serviços médicos são relativamente fracos nas zonas rurais, pelo que a prevenção é uma tarefa difícil e árdua”, afirmou, numa mensagem divulgada pela televisão estatal CCTV.