13 janeiro 2023 12:07
Rei Carlos III
russell cheyne/reuters
Memórias do filho mais novo do rei contêm revelações embaraçosas, mas família real não reage aos ataques
13 janeiro 2023 12:07
Na semana em que saíram as mui esperadas memórias de Harry Windsor, paira no Reino Unido uma sensação de fastio com as revelações do filho mais novo do rei. A imprensa britânica é sobretudo crítica, o palácio de Buckingham recusa-se a reagir.
As mais de 400 páginas da versão original de “Spare” (à letra, sobresselente; na edição portuguesa da Objetiva, o título é “Na Sombra”) tanto incluem acontecimentos badalados como informações menos conhecidas e caricatas. Por ali passa o acosso mediático que o príncipe afirma tê-lo levado a decidir mudar-se para a Califórnia em 2020; o seu receio de que a mulher, Meghan Markle, tivesse destino semelhante ao da mãe, Diana — que morreu num acidente de viação em Paris, em 1997, num carro perseguido por paparazzi —; ou a quebra das relações com o pai Carlos III e o irmão William (incluindo altercação física com este), que o autor pinta como incompreensivos e pouco solidários, quando não conspiradores. Harry, que redigiu o livro com o ghostwriter premiado JR Moehringer, é duro com a madrasta Camila, alegando que os ataques a Markle se destinavam a evitar que fizesse sombra à agora rainha consorte.