Internacional

Mais de 40 aeronaves chinesas atravessam o Estreito de Taiwan em “exercício de ataque”

Caça J-16
Caça J-16
Anadolu Agency

Pequim alega que os exercícios militares, que também envolvem navios, são uma "resposta firme" ao projeto de lei de investimentos em defesa com que os EUA querem reforçar Taiwan

A China admitiu ter realizado “exercícios de ataque” no mar e no espaço aéreo em torno de Taiwan no domingo, em resposta ao que disse ser uma provocação da ilha e dos EUA, conforme noticia o jornal “The Guardian”.

Numa cerimónia militar, Tsai Ing-wen, Presidente de Taiwan, reiterou a necessidade de a região aumentar a sua capacidade de defesa devido à “expansão contínua do autoritarismo”.

“Quanto mais nos prepararmos, menos prováveis serão as tentativas precipitadas de agressão. Quanto mais unidos estivermos, mais forte e segura Taiwan se tornará."

De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, entre as 06h00 de domingo e as 06h00 de segunda-feira, 47 aviões chineses cruzaram o Estreito de Taiwan, uma fronteira não oficial que já foi tacitamente aceite por ambos os lados.

Dezoito caças J-16, 11 caças J-1, seis caças Su-30 e drones foram utilizados na incursão chinesa. Taiwan disse ter monitorizado os movimentos chineses usando sistemas de mísseis terrestres e navios da Marinha.

“Esta é uma resposta firme à atual escalada e provocação EUA-Taiwan”, posicionou-se Shi Yi, porta-voz do comando do teatro oriental do Exército chinês, que anunciou patrulhas de combate conjuntas e exercícios de ataque nas águas em torno de Taiwan. Shi Yi referia-se, assim, ao projeto de lei de gastos com Defesa dos EUA, que considera a China um desafio estratégico. No que diz respeito à região do Indo-Pacífico, o projeto de lei autoriza o aumento da cooperação de segurança com Taiwan e exige uma cooperação mais ampla com a Índia, estando em causa tecnologias de defesa emergentes, de prontidão e logística.

O Exército da China costuma realizar grandes exercícios militares como demonstração de força em resposta às ações de apoio a Taiwan do Governo dos EUA. Em agosto, as Forças Armadas chinesas realizaram grandes exercícios militares em resposta à visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. Pequim encara as visitas de governantes estrangeiros à ilha como um reconhecimento da independência da região.

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