A Coreia do Sul vai eliminar o método até agora utilizado no país para a contagem da idade e adotar o padrão internacional. A mudança foi aprovada pela Assembleia Nacional na quinta-feira e irá retirar um ou dois anos de idade nos documentos oficiais dos cidadãos.
Quando nascem, considera-se que os sul-coreanos têm um ano de idade e, a cada 1 de janeiro, é acrescentado um ano. Um bebé nascido na véspera de Ano Novo, por exemplo, faz dois anos assim que a meia-noite chega.
Há ainda um outro sistema que serve para calcular a idade dos homens quando fazem o serviço militar e a idade legal para fumar e beber álcool. Nestas situações, a idade é contabilizada a partir do zero, à nascença, e soma-se um ano no dia 1 de janeiro.
O uso destes métodos invulgares tem sido alvo de críticas, incluindo pelo Presidente do país, Yoon Suk-yeol. A nova lei, que estipula o uso do padrão internacional, deverá entrar em vigor em junho de 2023, com o objetivo de “resolver a confusão social causada pela utilização mista de cálculos de idade e os efeitos secundários resultantes”.
“A revisão destina-se a reduzir custos socioeconómicos desnecessários porque as disputas legais e sociais e a confusão persistem devido às diferentes formas de cálculo da idade”, declarou no Parlamento o deputado do Partido do Poder Popular, Yoo Sang-bum, citado pelo jornal “The Guardian”.
Um cidadão sul-coreano de 29 anos disse ao diário britânico estar satisfeito com a alteração: quando está no estrangeiro, hesita quando questionado sobre a idade. “Lembro-me de estrangeiros a olharem para mim com perplexidade porque demorei tanto tempo a responder. Quem não gostaria de ficar um ano ou dois mais novo?”, conta Jeong Da-eun.
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