Lituânia desmonta monumento soviético em Vilnius
"É um dia feliz, um momento feliz", afirmou o prefeito de Vilnius, Remigijus Simasius, à imprensa depois de visitar o local
"É um dia feliz, um momento feliz", afirmou o prefeito de Vilnius, Remigijus Simasius, à imprensa depois de visitar o local
A Lituânia iniciou esta terça-feira o desmantelamento de um imponente monumento soviético na sua capital, Vilnius, ignorando os alertas das Nações Unidas que a convidavam a suspender a operação. O imponente monumento de granito cinza no cemitério de Antakalnis é composto por seis esculturas de soldados soviéticos.
Sob ocupação soviética durante 50 anos, a Lituânia declarou a independência em 1991. O governo lituano criticou a ofensiva militar lançada em fevereiro pela Rússia na Ucrânia, decidindo retirar qualquer herança da URSS.
Nos últimos dias, a estrada de acesso ao cemitério foi pavimentada para que os guindastes pudessem aproximar-se do monumento e hoje as peças das diferentes partes das esculturas começaram a ser desmontadas, prevendo-se que as obras terminem no início da próxima semana, segundo a empresa responsável.
"É um dia feliz, um momento feliz", afirmou o prefeito de Vilnius, Remigijus Simasius, à imprensa depois de visitar o local.
No entanto, a decisão de desmontar o monumento pode gerar problemas com as Nações Unidas, que em setembro emitiram uma recomendação provisória apelando a que o país não se desfizesse do monumento até ser resolvido um litígio com cinco cidadãos lituanos.
Estes cidadãos recorreram ao Comité de Direitos Humanos da ONU, alegando que a decisão de desmontar as estátuas "viola os direitos das minorias nacionais e o direito ao respeito pela vida privada e familiar".
A Lituânia afirma garantir que os monumentos nos cemitérios que contenham restos humanos vão ser protegidos. "Fazemos isso com respeito, não destruímos túmulos", disse o prefeito de Vilnius, citado pela AFP, aparentemente minimizando a intervenção da ONU.
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