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Eleições para senador na Geórgia: uma escolha inédita na terra da religião e do futebol

O candidato democrata Raphael Warnock (ao centro na imagem) em campanha com o músico Killer Mike e o DJ D-Nice, em Atlanta
O candidato democrata Raphael Warnock (ao centro na imagem) em campanha com o músico Killer Mike e o DJ D-Nice, em Atlanta
Demetrius Freeman/Getty Images

Marcada pelo passado esclavagista, a Geórgia celebra esta terça-feira duas candidaturas históricas na segunda volta das eleições para o Senado dos Estados Unidos. Apesar das diferenças ideológicas entre um republicano e um democrata, que ditaram o debate possível num país dividido entre os trumpistas e os outros, peritos ouvidos pelo Expresso falaram de perspetiva, pois foram precisos “muitos domingos” para chegar aqui

Os domingos exemplificam como religião e futebol são venerados no sul profundo dos Estados Unidos da América. De manhã, faltar à igreja vale crítica na certa, crime agravado caso a ausência se estenda aos churrascos da tarde, onde a música só é abafada pela euforia dos touchdowns dos jogos da NFL (liga de futebol americano), que começam às 13h e terminam após as 23h. Entre o kickoff (pontapé de saída) e as bebedeiras ao final da noite, aquela América diverte-se como poucas.

Estes dois fenómenos tornaram-se pilares da comunidade negra da região, martirizada por séculos de escravatura. “No fundo, são vias para a população ascender socialmente. Costumamos dizer que se um negro americano quer cuidar do futuro, tem de prestar atenção à forma como passa o domingo”, diz ao Expresso o professor de história afro-americana Simon Balto, natural da cidade de Atlanta, Geórgia.

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