O empresário Elon Musk lançou no Twitter, a rede social de que é dono, uma sondagem sobre se Julian Assange e Edward Snowden devem ser perdoados. E não ficou sem resposta. Snowden comentou, na mesma plataforma, que está a ser alvo de uma injustiça.
Fazendo a ressalva de que não está a manifestar qualquer opinião sobre o tema, Musk lançou na noite de sábado uma sondagem sobre se Assange e Snowden devem ser perdoados (e assim evitar condenações judiciais). Na manhã deste domingo, e com mais de 2 milhões de votos, o “sim” recolhia 80% de apoio, contra 20% do “não”.
E Edward Snowden, o antigo analista de sistemas da CIA, que revelou pormenores dos sistemas de vigilância das autoridades norte-americanas, respondeu a Musk também no Twitter.
“Eu e Assange fomos acusados sob uma lei feita para evitar julgamentos justos - uma lei que visava originalmente suprimir um velho movimento contra a guerra. Os acusados são proibidos de preparar a sua defesa e os jurados proibidos de a ouvir. Qualquer que seja a sua política, é uma injustiça”, comentou Edward Snowden, a viver desde 2013 na Rússia.
Snowden, de 39 anos, é acusado pelo Governo dos Estados Unidos de roubo de informações secretas e divulgação não autorizada de dados do sistema de defesa nacional. Abandonou o território norte-americano em maio de 2013, rumo a Hong Kong, para pouco depois entregar a um conjunto de jornalistas o material que desviou da agência norte-americana NSA sobre como os Estados Unidos vigiavam os seus cidadãos.
Snowden acabou por se asilar na Rússia, onde permanece até hoje, tendo adquirido a cidadania russa.
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, é também visado pela Justiça norte-americana por vários crimes, incluindo o de espionagem. Atualmente no Reino Unido, é alvo de um pedido de extradição para os Estados Unidos da América.
Assange está detido numa prisão em Londres desde 2019, depois de ter passado vários anos, desde 2012, asilado na Embaixada do Equador na capital britânica.
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