Ativistas processam Suécia por inação climática
Greta Thunberg e um grupo de 600 ativistas processaram o Estado sueco por incumprimento das metas em defesa do clima
Greta Thunberg e um grupo de 600 ativistas processaram o Estado sueco por incumprimento das metas em defesa do clima
É uma ação simbólica, mas serve para apontar o dedo ao governo sueco face à falta de medidas concretas em defesa do clima. Na sexta-feira, Greta Thunberg e mais 600 ativistas entregaram uma ação no tribunal distrital de Estocolmo com a acusação de inação climática. O protesto aconteceu durante uma manifestação na capital sueca e foi a segunda ação do género, depois de uma outra queixa ter sido apresentada noutro tribunal da cidade.
A diligência junto da Justiça foi promovida pela organização ambiental Aurora. “Nunca houve um caso com esta escala no sistema jurídico sueco”, garantiu Ida Edling, ativista da organização. Ida refere-se à ação legal que decorre há dois anos e que agora ganhou novo ânimo com as criticas crescentes ao novo governo sueco, acusado de falta de arrojo na política ambiental.
Ida Edling explicou que “se vencermos, haverá um veredicto que dirá que o Estado sueco é obrigado a fazer a sua parte nas medidas globais necessárias para que o planeta não ultrapasse a meta de 1,5 graus Celsius de aquecimento global”. Um relatório do Instituto Sueco de Meteorologia e Hidrologia publicado no início da semana revela que a temperatura média na Suécia aumentou quase 2 graus Celsius desde o final do século XIX, fazendo com que a cobertura de neve dure menos duas semanas e a precipitação seja agora maior.
Processos judiciais anteriores já tinham colocado a Suécia e mais países sob os holofotes da Justiça. Foi o caso da ação entregue por seis jovens portuguese no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos acusando a Suécia e mais 32 países de falta de atuação contra a crise climática.
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