Habitantes da cidade chinesa de Cantão saíram à rua durante a noite de segunda para terça-feira. Furando o confinamento obrigatório, levaram ao envio de equipas antimotim para a zona, escreveu a BBC.
O órgão de comunicação britânico descreve tensões crescentes no bairro de Haizhu, onde há indicações para a população não sair de casa e onde têm surgido queixas de escassez de alimentos e de não remuneração aos trabalhadores impedidos de se deslocarem ao local de trabalho. Além da insatisfação com as restrições impostas no âmbito da política ‘covid zero’, a BBC nota que rumores infundados desempenharam um papel na reação.
Stephen McDonell, correspondente da emissora na China, publicou vídeos na rede social Twitter que mostram o ambiente que se encontrava nas ruas e um veículo policial a ser virado por trabalhadores que saíram de um confinamento.
A agência Reuters descreve que há mais de 5000 casos novos diários em Cantão, havendo especulação de que os confinamentos localizados possam ser alargados. A plataforma Weibo – semelhante ao Twitter – viu as hashtags relacionadas com motins serem bloqueadas na China esta terça-feira de manhã.
Não foi divulgada informação sobre quantas pessoas participaram nos protestos. A CNN explica que Haizhu é uma zona onde vivem trabalhadores migrantes em edifícios com elevada densidade populacional. Os funcionários que entregam alimentos podem não ter conhecimento do número real de moradores de cada edifício. Em mensagens nas redes sociais, cidadãos oriundos de outras cidades pedem ajuda, nomeadamente com indemnização para as rendas.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes