Internacional

Reino Unido. Primeiros dias de Rishi Sunak com austeridade na calha e polémica logo na estreia

28 outubro 2022 22:02

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Pedro Cordeiro

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Rishi Sunak recebido por companheiros de partido após a sua escolha para primeiro-ministro

dan kitwood/getty images

A economia derrubou Liz Truss mas não foi a economia que dominou os primeiros dias de Rishi Sunak à frente dos destinos do Reino Unido. Reabilitação de ministra que violou código de conduta, Suella Breverman, mereceu tantas críticas que o tema acabar por se tornar maior que o próprio recém-empossado Sunak. No discurso de tomada de posse foi avisando que vêm aí decisões difíceis. Está a prepara o povo para uma subida de impostos? Ou para mais cortes?

28 outubro 2022 22:02

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Pedro Cordeiro

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Rishi Sunak não precisaria de governar até ao Natal para ultrapassar os 50 dias da antecessora, Liz Truss, cujos “erros” diz ter sido eleito para “corrigir”. Não é provável que o novo primeiro-ministro britânico queira baixar tanto a bitola, ou elevá-la ao ponto de competir com Robert Walpole, primeiro e mais duradouro ocupante do cargo (quase 21 anos, entre 1721 e 1742). O Partido Conservador só lhe pede que conduza o Executivo até ao fim da legislatura, em condições de disputar as legislativas, a realizar até janeiro de 2025.

A vitória de Sunak na eleição interna, sem ir a votos no país nem entre os militantes ­— por desistência dos putativos adversários Penny Mordaunt e Boris Johnson — acentuou a travagem às quatro rodas feita dias antes pelo homem que o novo chefe de Governo manteve na pasta das Finanças. Jeremy Hunt deitou fora a redução de impostos que Truss planeava financiar com endividamento e adotou uma agenda de austeridade.