Internacional

Ártico, onde a temperatura sobe quatro vezes mais rápido do que no resto do planeta

23 outubro 2022 17:23

Cristina Peres

Cristina Peres

textos

Jornalista de Internacional

Jaime Figueiredo

Jaime Figueiredo

infografia

Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia

steffen m. olsen, dmi

Uma série de estudos feitos por equipas científicas de vários países está a chegar à conclusão de que o fenómeno “amplificação Ártico” contribui para acelerar a velocidade a que sobe a temperatura no topo do mundo. Sabe-se mais hoje sobre os fatores que determinam que desde há 43 anos a subida ali seja mais rápida. Lá para 2050, deverá abrandar, quando a temperatura global já for “terrivelmente quente”

23 outubro 2022 17:23

Cristina Peres

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Jornalista de Internacional

Jaime Figueiredo

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Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia

Vários estudos científicos chegam à mesma conclusão: o Ártico está a aquecer a uma velocidade superior à prevista pela investigação feita anteriormente e a sua temperatura aumenta a uma média quatro vezes superior à do resto do planeta. Os cientistas já tinham identificado há anos o efeito do fenómeno conhecido por “amplificação do Ártico” e foi um estudo publicado no jornal científico “Communications Earth and Environment”, em agosto último, que atualizou os dados da “corrida”. Apurou que o Ártico aqueceu quatro vezes mais depressa do que o resto do globo a partir de 1979, segundo descreve a revista “Scientific American”.

O Ártico, que absorve um terço do dióxido de carbono da atmosfera, tornou-se mais ácido devido ao uso de combustíveis fósseis. Segundo a revista “Science”, a rápida perda de gelo na região do Ártico ao longo dos últimos 30 anos acelerou a taxa de acidificação de longo prazo. Ao mesmo tempo, investigadores do Instituto de Investigação Polar e Marinha da Universidade Jimei, na China, e outros da Escola de Ciência Marinha da Universidade de Delaware (Estados Unidos) afirmam que a perda rápida da camada de gelo expõe a superfície da água à atmosfera, promovendo uma mais rápida absorção de dióxido de carbono do que no Atlântico, no Pacífico, no Índico e nas bacias subantárticas, enumera o jornal “The Guardian”.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.