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Penny Mordaunt é candidata a primeira-ministra do Reino Unido. Da última vez não andou longe

Penny Mordaunt no cockpit de um avião F-35 quando era ministra da Defesa
Penny Mordaunt no cockpit de um avião F-35 quando era ministra da Defesa
Jacob King/PA Images/Getty Images

Ministra dos Assuntos Parlamentares ficou em terceiro na anterior corrida à chefia do Partido Conservador e do Governo. Já ocupou a pasta da Defesa

Há três meses foi por pouco que Penny Mordaunt não se tornou primeira-ministra britânica. Em quatro das cinco rondas em que os deputados conservadores reduziram a dois o leque de candidatos — ficando Liz Truss e Rishi Sunak —, a então ministra do Comércio Internacional foi a segunda mais votada. Só na última se viu suplantada por Truss. Se tivesse ido a votos entre os militantes, contra Sunak, dizem as sondagens que teria vencido.

Falhado o consulado de Truss, Mordaunt volta à carga. É a primeira a oficializar a candidatura ao n.º 10 de Downing Street.

“Fui incentivada pelo apoio dos colegas que querem um novo começo, um partido unido e liderança no interesse nacional. Sou candidata a líder do Partido Conservador e vossa primeira-ministra”, escreveu na rede social Twitter. Promete “unir o país, cumprir as promessas e vencer as próximas eleições”.

Mordaunt tem 49 anos, foi militar na Marinha, e esteve na pasta da Defesa. Hoje é ministra dos Assuntos Parlamentares. Deputada desde 2010 pelo círculo eleitoral de Portsmouth North, na costa sul da Grã-Bretanha.

Corrida acelerada a Downing Street

As regras para a escolha do próximo líder foram apresentadas quinta-feira, horas depois de Truss anunciar a demissão, e parecem visar a rapidez. Quem quiser ser candidato terá de reunir o apoio de pelo menos 100 deputados conservadores. Tendo em conta que estes são 356, haverá no máximo três candidatos.

Segundo a imprensa britânica, os mais prováveis adversários de Mordaunt são o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e o antigo primeiro-ministro Boris Johnson. As contas do diário “The Telegraph” indicam que 53 deputados declararam publicamente apoio a Sunak, 38 a Johnson e 16 a Mordaunt.

Se só houver um candidato a passar a barreira dos 100 apoios, é aclamado e o Reino Unido terá novo primeiro-ministro já segunda-feira. Havendo dois ou três aspirantes, a bancada parlamentar fará, respetivamente, duas ou uma ronda de votação.

Se forem três candidatos, haverá uma ronda para reduzi-los a dois, eliminando o menos votado, e outra, indicativa, para que os militantes saibam quem é o preferido do grupo parlamentar. Caso haja apenas dois candidatos, faz-se apenas a ronda indicativa. Mas a decisão final caberá aos cerca de 200 mil militantes, numa votação online.

A primeira votação na bancada parlamentar está marcada para entre as 15h30 e as 17h30 de segunda-feira, 24 de outubro com o resultado anunciado às 18h. Caso haja segunda ronda, acontecerá entre as 18h30 e as 20h30 do mesmo dia e o desfecho saber-se-á às 21h.

Se os militantes tiverem de pronunciar-se, fá-lo-ão até às 11h de sexta-feira, 28 de outubro. O mais tardar nesse dia o Reino Unido terá novo chefe de Governo, o primeiro empossado pelo rei Carlos III. Só quem for militante há mais de três meses terá direito a votar.

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