O Governo do Irão anunciou quarta-feira sanções contra nove funcionários do Governo do Reino Unido por alegadamente apoiarem o terrorismo, incitarem a violência, o ódio e a violação dos direitos humanos.
As ações das pessoas e dos organismos sancionados “provocaram distúrbios, violência e atos terroristas contra o povo iraniano”, uma referência aos protestos de decorrem no Irão há um mês, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país em comunicado, sem adiantar mais pormenores.
A medida também é “recíproca”, uma resposta às sanções que o Reino Unido impôs a pessoas e organizações iranianas pela morte, em setembro, da jovem Mahsa Amini, após ter sido detida por usar de forma indevida o véu islâmico.
Entre os sancionados estão o secretário de Estado da Segurança britânico, Tom Tugendhat, o comandante militar britânico no Golfo Pérsico, Don MacKinnon, o deputado Bob Blackman, a antiga eurodeputada Anthea McIntyre, a membro da Câmara dos Comuns e ex-ministra do Meio Ambiente Theresa Cilliers e o general Mark Carleton-Smith.
As sanções proíbem essas pessoas de entrar no Irão, ordenam a apreensão das suas propriedades e bens em solo iraniano e o bloqueio das suas contas bancárias no país.
Somam-se ainda sanções ao Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido e à Sede de Comunicações do Governo britânico, bem como aos órgãos de comunicação social Velant Media, Global Media e DMA Media e BBC Persa e Iran International, que Teerão acusa de estimular os protestos.
A 10 de outubro, o Reino Unido impôs sanções à chamada “polícia da moralidade” iraniana e a algumas figuras políticas e de segurança, pela “repressão” exercida contra mulheres e meninas após a morte de Amini de 22 anos.
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