No Brasil, classificam-no como progressista. Luís Roberto Barroso, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou associado a casos polémicos como a equiparação das uniões homossexuais aos casamentos tradicionais. Defende agora a introdução de quotas por género no Congresso.
De origem sefardita, neto de judeus gregos e turcos, Barroso ainda não tratou do passaporte europeu, mas diz que tem o coração em Portugal, que visita regularmente desde 1992. Confessa que vê “com alegria e quase com um orgulho que não saberia justificar a vertiginosa ascensão que Portugal teve nos últimos 35 anos”.
Esteve em Londres em junho e de lá seguiu para Lisboa. Garante que a capital portuguesa está “mais florescente” do que a britânica. Já escreveu que o livro que mais o marcou foi de Fernando Pessoa, a quem destaca como um caso excecional na poesia mundial.
Apaixonado pela língua portuguesa, gosta de “viver em português” e assume que não gostaria de ver um cisma entre os falantes da nossa língua. “Gostava de estar identificado com Portugal nos tempos difíceis, pré-1974, e porque não gostaria agora, que Portugal vive uma democracia florescente? Eu prefiro estar junto.”
Em conversa com o Expresso, antes de proferir uma conferência na Católica Global School of Law (Faculdade de Direito da Universidade Católica), em Lisboa, convidado para falar sobre o impacto da digitalização e das redes sociais nas democracias mundiais, Barroso passa em revista a atuação do STF e sinaliza os riscos que o Brasil enfrenta a 15 dias da segunda volta das presidenciais.
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