9 outubro 2022 23:11

Xi homenageou os mártires da pátria na Praça Tiananmen, em Pequim, no dia 30
mark r. cristino/epa
Congresso do Partido Comunista começa dia 16, toldado por fraco crescimento e incerteza geopolítica
9 outubro 2022 23:11
Mais de 200 mil chineses madrugaram, sábado passado, para assistir ao içar da bandeira na Praça Tiananmen, em Pequim. Um jornal local descreveu a “atmosfera festiva e patriótica” reinante no país. Dia 1 de outubro foi também o início da semana de feriados concedida por ocasião do aniversário da República Popular da China, que este ano ocorre nas vésperas do XX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC). Trata-se do mais importante acontecimento da agenda política nacional, realizado de cinco em cinco anos. Pela primeira vez em mais de quatro décadas, deverá proporcionar um terceiro mandato ao atual líder, Xi Jinping.
O congresso começa no dia 16, com 2269 delegados escolhidos entre 96 milhões de filiados. Segundo a imprensa oficial, a média de idades é de 52,7 anos. A maioria tem educação superior e 27% são mulheres. Um terço “está na linha da frente do trabalho e da produção”, dos quais 8,4% são “operários” e 3,7% “camponeses”. Além dos quase 100 milhões de militantes, o PCC conta com 74 milhões de filiados na Liga Juventude Comunista e 130 milhões de “jovens pioneiros”, organização que enquadra as crianças dos 5 aos 14. No topo da pirâmide ergue-se o Comité Permanente do Politburo, com sete membros encimados pelo secretário-geral do partido e Presidente da Republica, Xi Jinping.