Pelo menos 18 pessoas foram mortas num duplo ataque armado no município de San Miguel Totolapan, na região de Tierra Caliente, no estado mexicano de Guerrero, incluindo funcionários e o autarca de Conrado, Mendoza Almeida.
De acordo com informações da Procuradoria-Geral do Estado, houve dois ataques na quarta-feira à tarde. A mesma fonte adiantou que, das 18 pessoas mortas no local, dez foram identificadas, incluindo o autarca de Conrado e o pai, que já ocupara o mesmo cargo.
Entre as pessoas identificadas encontram-se também o diretor de Segurança Pública do município, Freddy Martínez Suazo; um conselheiro de Mendoza Almeida, Roberto Mata Marcial; o administrador da jurisdição sanitária 01 da cidade de Tlapehuala, Génesis Araujo Marcos, assim como dois dos agentes de segurança do autarca. Outras três pessoas feridas foram transportadas para tratamento hospitalar.
A governadora do estado de Guerrero, Evelyn Salgado Pineda, lamentou o assassínio de Mendoza Almeida, condenou os acontecimentos e assegurou que não haverá impunidade.
O grupo parlamentar do Partido da Revolução Democrática, ao qual pertenciam pai e filho, exigiu que a Procuradoria-Geral do Estado investigasse o ataque.
O ataque foi atribuído ao grupo criminoso Los Tequileros, que, minutos após o evento, divulgou um vídeo nas redes sociais em que anunciou o regresso a esta região conhecida pela produção e tráfico de droga, que é disputada com La Familia Michoacana, um grupo criminoso do estado vizinho de Michoacán.
Após o ataque armado, foram noticiados bloqueios na estrada federal Iguala-Ciudad Altamirano em Guerrero, com veículos pesados de mercadorias e autocarros, para impedir a chegada das forças de segurança, área que já está entretanto sob controlo de agentes federais e estaduais.
O grupo criminoso Los Tequileros devastou a região de Tierra Caliente entre 2015 e 2017 até ao assassínio do seu líder, Raybel Jacobo de Almonte.
Durante o mandato de seis anos do Presidente Andrés Manuel López Obrador, que começou em dezembro de 2018, 60 autarcas, conselheiros e administradores foram assassinados no México, de acordo com a empresa de consultoria Etellekt.
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