Internacional

Biden cita Itália como exemplo dos riscos que as democracias enfrentam no mundo

Biden cita Itália como exemplo dos riscos que as democracias enfrentam no mundo
Kent Nishimura/Getty Images

A Casa Branca não costuma comentar eleições de outros países, mas o presidente norte-americano enfatizou o caso de Itália, onde o partido pós-fascista venceu as últimas eleições

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, evocou as recentes eleições legislativas de Itália quando falava, num discurso de campanha, sobre os riscos que a democracia enfrenta em todo o mundo.

Numa receção para angariação de fundos, organizada pelo Partido Democrata, encontro fechado às televisões, o Presidente dos EUA relembrou uma conversa que teve com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.

“Disse-me claramente que as democracias não podem sobreviver no século XXI”, contou Joe Biden, de acordo com uma transcrição das suas declarações hoje divulgada pela Casa Branca.

“Olhando para o que acabou de acontecer em Itália, durante as eleições, vemos o que está a acontecer no mundo”, referiu Biden, acrescentando que a razão pela qual mencionou o caso é que “não se pode ser muito otimista sobre o que está a acontecer” no país.

Joe Biden afirma frequentemente querer provar que as democracias - começando com a democracia norte-americana - são melhores do que os regimes autoritários no que concerne à prosperidade e segurança das suas populações.

Com a aproximação das eleições do meio de mandato, marcadas para novembro, Biden não perde a oportunidade de alertar para a ameaça política que representa nos Estados Unidos “o extremismo” dos republicanos mais de direita, partidários do ex-Presidente Donald Trump.

A Casa Branca não costuma comentar sobre eleições de outros países e, até agora, não abriu exceção para a Itália, onde o partido pós-fascista Irmãos de Itália venceu as últimas eleições legislativas.

A sua líder, Giorgia Meloni, está em negociações para formar um governo, o que ainda pode demorar várias semanas. Os dois outros partidos que deverão fazer parte da coligação governamental são a Liga, do ex-ministro do Interior Matteo Salvini, que obteve 9% dos votos, e o partido Força Itália, de Sílvio Berlusconi, que obteve 8%.

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