Novo surto de Ébola no Uganda já causou pelo menos cinco mortos
Autoridades sanitárias já confirmaram pelo menos 18 infeções desde domingo
Autoridades sanitárias já confirmaram pelo menos 18 infeções desde domingo
Pelo menos cinco pessoas morreram de Ébola no novo surto da doença declarado na terça-feira no Uganda, onde as autoridades sanitárias já confirmaram pelo menos 18 infeções desde domingo, informou esta segunda-feira o Ministério da Saúde do país.
Na sua conta na rede social Twitter, o departamento disse ter também detetado "18 casos prováveis" de Ébola e "18 mortes prováveis" da doença, que aguardavam a confirmação laboratorial.
"O Ébola espalha-se rapidamente de pessoa para pessoa e pode causar a morte num curto espaço de tempo. Contudo, é uma doença evitável", disse a ministra da Saúde do Uganda, Jane Ruth Aceng, na sua conta do Twitter.
Aceng aconselhou os ugandeses a lavarem as mãos frequentemente com sabão e água limpa, evitar apertar as mãos e abraços, e a ir ao centro de saúde mais próximo, se mostrarem sintomas de Ébola.
Segundo a ministra, as autoridades sanitárias lançaram uma campanha de sensibilização rigorosa no distrito de Mubende (centro), o foco do surto, o que significa que, por enquanto, não há necessidade de restringir os movimentos ou impor o confinamento.
Aceng disse ainda que os trabalhadores da saúde trabalham 24 horas por dia para conter a propagação do vírus.
"Mercados, escolas e lojas permanecerão abertos. Podem enviar os vossos filhos à escola, mas permaneçam vigilantes e cooperem com as equipas de saúde no terreno", disse Aceng no fim de semana.
O Uganda declarou um surto de Ébola em 20 de dezembro, após a confirmação de um caso no distrito de Mubende, onde um homem de 24 anos morreu devido ao vírus que provoca a doença.
As autoridades ugandesas confirmaram o caso, uma estirpe rara do Sudão, após testar uma amostra retirada do homem e após uma investigação sobre seis mortes suspeitas que ocorreram no distrito este mês.
Ao contrário da estirpe do Zaire, não existe uma vacina aprovada para esta estirpe que, não só é menos transmissível, como tem uma mortalidade mais baixa (40-100%) do que o do Zaire (70-100%).
Países como o Quénia, Tanzânia, Ruanda e Somália estão em alerta para prevenir a possível propagação do vírus.
Descoberto em 1976 na República Democrática do Congo (RDCongo)- então chamada Zaire - o Ébola é uma doença grave, frequentemente fatal, que afeta os seres humanos e outros primatas e é transmitida por contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados.
Provoca hemorragias graves e os seus primeiros sintomas são febre alta súbita, fraqueza grave, dores musculares, na cabeça e garganta, e vómitos.
O vírus devastou vários países da África Ocidental de 2014 a 2016, quando 11.300 pessoas morreram, num total superior a 28.500 casos.
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