Internacional

Direita radical na Suécia: de pária a segundo maior partido

24 setembro 2022 14:27

Salomé Fernandes

Salomé Fernandes

jornalista da secção internacional

Quer os Democratas da Suécia entrem ou não no novo Governo, esta força xenófoba deve ganhar influência política. Aceite pela ala da direita, o partido conquistou mais de um quinto dos votos nas eleições deste mês

24 setembro 2022 14:27

Salomé Fernandes

Salomé Fernandes

jornalista da secção internacional

A Suécia aparece entre os países mais bem classificados nos índices globais de democracia e liberdade, mas este contexto não foi entrave ao crescimento da extrema-direita. Com mais de 20% dos votos nas legislativas de 11 de setembro, o partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD, na sigla sueca) tornou-se na segunda maior força política do país. E já antes de ter conquistado mais de um quinto dos votos (20,5%) conseguira passar a ser olhado pela direita sueca como parceiro viável num futuro Governo.

“Pela primeira vez é muito provável, se as negociações correrem bem, que os SD tenham influência real sobre a política governamental sueca e que sejam um grande ator político verdadeiramente ‘aceite’ pelos poderes estabelecidos. É uma conquista importante”, disse ao Expresso o cientista político Oskar Hultin Bäckersten, da Universidade de Uppsala.