Um comité do Senado dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira o projeto de Lei Taiwan Policy Act, que prevê uma ampliação do apoio militar norte-americano a Taiwan, que Pequim reclama como uma província sua.
Com 17 votos a favor e apenas cinco contra, o Comité para as Relações Externas aprovou a medida, que vai ser agora transferida para o plenário e, caso seja aprovada, aumentará em 6,5 mil milhões de dólares o apoio prestado pelos EUA à ilha, ao longo dos próximos cinco anos.
Na semana passada, a China condenou a venda de armamento a Taiwan, feita pelos EUA, no valor de 1,1 mil milhões de dólares, e prometeu “contramedidas” para “defender a sua soberania e interesses de segurança”.
O armamento vendido incluiu 60 mísseis antinavio e 100 mísseis ar-ar.
De acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, os “Estados Unidos violam descaradamente” os acordos que fizeram com Pequim na questão de Taiwan, através da venda de armas, o que “mina a paz e estabilidade no Estreito”.
Em 1979, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Taipé para reconhecer o Governo comunista baseado em Pequim como o único representante de toda a China, mas continuaram a ser o principal aliado e fornecedor de armas para o território.
Washington nunca deixou claro se interviria, caso a China atacasse a ilha, numa política apelidada de “ambiguidade estratégica”.
A relação entre Estados Unidos e China atravessa um período de tensão, acentuado pela recente visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
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